Imagens do teste podem ser observadas em tempo real, através do monitor do aparelho de ecocardiografia fetal.
Normalmente, essas imagens são gravadas e analisadas posteriormente, gerando um laudo médico.
Nesse documento, o cardiologista aponta especificidades do procedimento, informações da mãe e do paciente, fatores de risco e conclusões a partir da avaliação do exame.
Resultados normais do ecofetal
Quando os resultados são normais, significa que não foram identificados indícios de anomalias na estrutura e no funcionamento do coração.
No entanto, como explica no artigo Detecção pré-natal das cardiopatias congênitas pela ecocardiografia fetal, de Márcia Abdalla Teixeira da Costa e Oscar Francisco Sanchez Osella, as cardiopatias congênitas identificadas durante o pré-natal costumam ser diferentes daquelas diagnosticadas após o nascimento.
Por isso, é preciso continuar acompanhando a saúde cardíaca do bebê, ainda que o ecocardiograma fetal não mostre anomalias.
Resultados alterados do ecofetal
Mesmo quando o exame revela alterações, é preciso uma avaliação completa, considerando resultados de outros exames, histórico familiar e fatores de risco para diagnosticar alguma patologia no coração do feto.
Uma análise de pesquisas realizadas nesse campo mostra que as cardiopatias congênitas detectadas antes do nascimento costumam ser as mais graves.
Algumas delas podem ter os efeitos amenizados quando há atendimento assim que o bebê nasce. Portanto, é fundamental que sejam diagnosticadas na gestação.
Dentre as patologias mais comuns reveladas durante a vida intrauterina, estão:
- Defeito do septo atrioventricular (DSAV): a comunicação entre átrio e ventrículo fica comprometida, dificultando as funções do coração;
- Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE): ocorre quando a maioria das estruturas do lado esquerdo do coração é pouco desenvolvida, prejudicando o fluxo sanguíneo necessário para as atividades do corpo;
- Dupla via de saída do ventrículo direito: nessa condição, bebês possuem as artérias pulmonar e aorta conectadas ao ventrículo direito, enquanto em um coração normal, a artéria aorta deveria estar conectada ao ventrículo esquerdo. O resultado é uma mistura entre sangue oxigenado e não oxigenado, prejudicando a nutrição dos órgãos e sobrecarregando o coração.